Estamos na terceira coluna e já passou da hora de eu me apresentar, afinal, o que eu vim fazer aqui?
O convite de ser colunista, foi o casamento perfeito com um projeto sobre atendimento que eu estava terminando de desenvolver, logo veio a pandemia e os focos mudaram e as duas primeiras colunas que escrevi, por conversar melhor com o momento, atropelaram essa.
- Link 1ª Coluna – Do frescobol a pandemia, o objetivo é não deixar a bolinha cair: https://resultado.eco.br/do-frescobol-a-pandemia-o-objetivo-e-nao-deixar-a-bolinha-cair/
- Link 2ª Coluna – Pijamas Sociais: https://resultado.eco.br/pijamas-sociais/
Aqui quem vos fala é uma mulher de 32 anos, com dez de experiência no ramo de atendimento em condomínios comerciais, ramo liderado predominantemente por homens, mas mesmo assim, lidera equipes, empresas e processos, e acredita que, com “tudo isso” tem algo de positivo e engrandecedor para compartilhar com o mundo, e que esse compartilhamento faz parte das coisas que devemos devolver ao universo com gratidão. Dividir conhecimento é multiplicar.
O curso sobre atendimento, aborda coisas básicas como falar pausadamente, pedir um momento por favor ao invés de um minutinho, sorrir ao atender o telefone pois quem escuta sabe que você está sorrindo, faz o teste qualquer dia com esse aparelho que está no silencioso desde 2010 e você chama de celular, altera esse “atender sorrindo” para, “sorria mesmo de máscara”, mantenha a calma pois o mundo está passando por uma adaptação irritadiça, enfim, quanta coisa aconteceu antes de eu me apresentar.
Eu também faltei no meu trabalho dia desses, não sai da cama, não tirei o pijama, nem abri o PC. Ah! Eu mandei um e-mail bem mal criado para uma empresa que atrasou 45 dias a entrega do meu produto, eu posso reclamar sim, mas com grosseria jamais, atrás de todo e-mail existe um profissional que não merece ser o descarrego dos meus stress.
Ao longo destes 3 meses, eu tenho absoluta certeza que minha apresentação é muito diferente do que seria lá atrás, vivenciei episódios na minha carreira que eu jamais imaginei, eu surtei com um cliente, eu alterei a voz com ele, eu bati o pé e a porta, deixei o cliente lá plantado, sem resposta, sem atendimento e sem ação. Sem ação fiquei eu a hora que entrei na minha sala e me dei conta do que tinha feito.
Prazer Sttephany, atualmente microempresária, com alguns projetos que deram super certo, alguns que falharam, outros ainda estão na gaveta, que tem um orgulho enorme dos profissionais que atuam na minha equipe, que surtou, teve preguiça, não se alimentou direito e logo depois fez aquele detox monstro, e afinal, veio aqui dividir em textos leves um pouco da sua carreira, e já ganhou alguns feeds bem positivos, e sabe que neste momento todos os profissionais, independente do lado, estão passando por um desafio diferente de tudo que já conheceram ou conquistaram, além é claro, da pressão com essas coisas de: se reinventem, saiam dessa melhores, façam ioga, blá blá blá. Coisas chatas pra cassete! Eu só espero de verdade, que a gente saia dessa sem enlouquecer e tendo que escrever poucos e-mails de retratação, eu já escrevi dois.
Sttephany Bai é Microempresária do ramo de administração de condomínios, Bacharel em Propaganda e Marketing, que usa palavrão como advérbio de intensidade, odeia incenso mas acende pra relaxar, não relaxa porque não gosta do cheiro, e vive esse looping eterno.
Olá Sttephany! Sou a Barbara Deamo, corretora de seguros. Um dos meus ramos de atuação é seguro de condomínios. Inclusive, nesta situação que estamos vivendo, a inadimplência condominial aumentou 30% em média. Infelizmente algumas pessoas foram surpreendidas com uma crise financeira. Mas existem devedores oportunistas, que usam a pandemia para inadimplir. Eu me pergunto, como será que vai ficar a saúde financeira dos Condomínios no Pós-pandemia? Desejo sucesso e paciência… esse é o nosso novo normal. Obrigada pelo texto.