Como gestora de empresas há quase uma década, sempre me vi finalizando as negociações com a sensação de “ganha-ganha”.

Estou aqui nesse cenário de pandemia, intermediando locadores e locatários de espaços comerciais. Vivenciei durante as negociações um verdadeiro jogo de frescobol, aquele que o objetivo é não deixar a bolinha cair. Empresários assim como eu, deixando de lado seu lucro, todo seu planejamento de progresso e jogando as claras as suas necessidades para manter, por um momento, sua bolinha no ar longe de decisões ou soluções definitivas, afinal, neste momento, quem enxerga o horizonte?

As negociações não foram longas como eram outrora, foram curtas e grossas, não por falta de educação, mas por falta de opção. E sem que ambos os lados fossem levados a extremos, surgiram diversas medidas para as cobranças dos aluguéis: pacotes de parcelamentos, descontos, suspensão de cobranças, negociar em 2021 as suspensões, e rapidamente, sem aperto de mão ou assinatura em aditivos, selaram-se acordos.

E se você, meu amigo empresário não aprendeu a jogar frescobol, sendo intransigente deixou a bolinha do outro cair, seja locador ou locatário, sinto lhe informar seu cenário financeiro vai sofrer um déficit ainda maior e você vai descobrir que a palavra chave do momento não foi pandemia,  foi relacionamento.

Criou-se com tudo isso um estreitamento fortíssimo para o sentido desta palavra e os frutos que se colhem são benéficos há longo prazo.

Direi ainda que estamos aqui no maior “perde-perde” já visto! Todos nós vamos perder um pouco, é hora de saber perder para ganhar, e assim, sairmos insignes em experiência.

Vamos às partidas, o jogo só começou.